Município e Estado negam pedidos de sondas especiais que podem melhorar qualidade de vida de crianças com problemas de saúde

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Ação na Justiça tenta obrigar o fornecimento de sondas botton para crianças no Tocantins. Dispositivo tem valor elevado e ainda não é ofertado na rede pública. Mães de crianças com problemas pedem sonda especia; saiba mais
Mães de crianças com necessidades especiais estão pedindo que a rede pública de saúde forneça sondas especiais para alimentação dos filhos. O dispositivo tem valor elevado e ainda não é disponibilizado pelo SUS, por isso as solicitações foram negadas pelo Estado e municípios.
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A Cleia Ferreira é e mãe do Paulo Vitor de 4 anos, que é neuropata. A Patrícia Carvalho, de Porto Nacional, é mãe do Heitor de apenas 2 anos, que tem paralisia cerebral. As duas estão no Hospital Geral de Palmas com os filhos internados.
Os dois tiveram piora no quadro de saúde. Segundo as mães, para facilitar a recuperação eles precisam de uma sonda diferente da disponibilizada pelo SUS.
Além de levar a alimentação diretamente para o estômago, o modelo botton facilitaria a manutenção. “Ela tem um dispositivo que acopla e pode ser tirado, fica só um botão que ajuda a não puxar, pode tirar nos exercícios, para dar banho”, contou a Cleia.
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Menino precisa de sonda especial que não é fornecida pelo SUS
TV Anhanguera/Reprodução
“As infecções são recorrentes. A gente tem que ficar com eles internados e é horrível. Você está dando um banho no filho e do nada a sonda arranca, sangra, machuca. Às vezes nem arranca e tem que trocar todo mês porque se não dá infecção”, disse a pedagoga Patrícia Carvalho.
Para tentar ajudar essas crianças, o Ministério Público Estadual entrou com ação na Justiça pra que o município de Porto Nacional, forneça essa sonda específica num prazo de vinte dias.
Em nota, a Prefeitura da cidade disse que não vai fornecer a sonda solicitada porque ela não é disponibilizada pelo município e nem pelo SUS, além de já ofertar outro tipo de sonda.
Na mesma linha, a Secretaria Estadual da Saúde também disse que não pode fornecer a sonda e que as crianças não estão sendo prejudicadas.
“Infelizmente o SUS hoje nega muita coisa e tem coisas que não estão padronizadas, mas já têm autorização da Anvisa e o SUS deveria ter incorporado. O Estado mesmo pode incorporar e fornecer”, disse o defensor público Arthur Luiz Pádua.
“É duro você chegar e explicar que o seu filho usa uma sonda adaptada, podendo a qualquer minuto ter uma infecção seríssima”, disse a estudante Cleia Ferreira.
A Justiça determinou que no prazo de três dias a prefeitura deverá se manifestar sobre os pedidos do Ministério Público. Na ação o MPE pede que o município ofereça a sonda de botton a todas as crianças que moram na cidade e precisam do dispositivo.
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Fonte: G1 Tocantins