Três militares foram presos nesta sexta-feira (1º) suspeitos de envolvimento na morte de Joan Braga dos Reis, de 33 anos. MP obteve na Justiça o afastamento das funções e solicitou a estrega das entrega das armas. Sargento Leonardo Lopes e soldados Maycon Douglas e José Marcos estão presos
Divulgação
A viatura em que estavam os militares presos suspeitos de envolvimento na morte do músico Joan Braga dos Reis, de 33 anos, teriam feito o trajeto até o local onde o corpo foi encontrado, às margens da BR-153. É o que aponta o Ministério Público Estadual (MPTO).
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O crime aconteceu em Guaraí, na região centro-norte do estado, em abril deste ano. Joan ficou desaparecido por cinco dias, até seu corpo ser encontrado. O segundo sargento Leonardo Lemos Macedo e os soldados Maycon Douglas Monteiro e José Marcos Almeida da Silva são os supostos autores do assassinato.
A Polícia Civil cumpriu mandados de prisão na manhã desta sexta-feira (1º). Entre as denúncias contra o trio está a suspeita de eles terem abandonado o corpo de Joan na rodovia. Eles estão presos na unidade policial de Guaraí.
Além da prisão, o MP obteve na Justiça o afastamento dos militares das suas funções na corporação e solicitou a estrega das entrega das armas.
A defesa dos suspeitos afirmou que vai comprovar que eles não têm envolvimento com as mortes. (Veja nota abaixo).
Joan Braga dos Reis teria sido morto por policiais
Arquivo Pessoal
Segundo o órgão, o sistema de monitoramento da viatura usada pelos policiais e câmeras de segurança instaladas na cidade mostraram que o veículo fez o mesmo trajeto até o local onde o corpo de Joan foi encontrado cinco dias depois de sumir, já em estado de decomposição. Testemunhas também relataram que viram a vítima dentro da viatura.
Conforme procedimentos padrões, Joan deveria ter sido levado para uma delegacia da cidade após entrar no veículo, o que para o MP, não aconteceu. Os militares teriam relatado que deixaram a vítima em um bairro da cidade, mas a investigação não comprovou a versão dos suspeitos.
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Investigação
Segundo a investigação policial, Joan saiu de Luzimangues, distrito de Porto Nacional, para visitar a família em Centenário. Quando ele estava em Guaraí teve um surto psicótico causado por sequelas de um acidente que tinha sofrido. Ele não tinha passagens pela polícia.
O músico foi visto vagando pela cidade entrando em carros que encontrava abertos. Ele teria provocado pequenos estragos em um dos veículos enquanto tentava ligá-lo e foi abordado por PM aposentado que acionou os policiais do 7º Batalhão da Polícia Militar de Guaraí, onde os supeitos são lotados. Depois disso, Joan não foi mais visto.
Os militares vão responder por homicídio doloso qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.
Sede do 7º BPM em Guaraí
Ascom 7º BPM/Divulgação
O que diz a defesa dos militares
O advogado Paulo Roberto da Silva afirmou que não há provas contar os militares e que ainda não tece acesso ao processo.
“Embora a defesa não tenha tido acesso aos autos, me parece ser mais um daqueles casos que não tem prova. A participação desses acusados eu tenho certeza que será demonstrada de forma cabal que ela inexiste. Então a defesa está tranquila, os réus estão tranquilos. Eles se apresentaram hoje ao quartel antes do cumprimento de qualquer mandado de prisão e vamos tocar a defesa de forma clara, objetiva, porque nosso interesse é social tanto quanto do Ministério Público, tanto quanto das autoridades. A Polícia Militar não tem bandidos no seu meio”, explicou o advogado.
O que diz a PM
Em nota, a Polícia Militar informou que de fato, em virtude dos PMs estarem presos, naturalmente estão afastados de suas funções e impedidos de realizar suas funções públicas. Sobre as entrega das armas, estas foram recolhidas pela Polícia Militar e estão à disposição da Justiça.
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Fonte: G1 Tocantins