Há cerca de 270 magistradas no Afeganistão, mas algumas delas já foram assassinadas, de acordo com juízas brasileiras que coordenam esforços para dar vistos e trazê-las para o Brasil. Juízas afegãs pedem ajuda ao Brasil para fugir do Talibã
A seção do Brasil da Associação Internacional de Juízas está se movimentando para tentar ajudar cerca de 270 magistradas que atuavam no Afeganistão e que, agora, são perseguidas no país.
Maria Elizabeth Rocha, juíza do ministra do Superior Tribunal Militar, e Amini Haddad, da Associação Internacional de Juízas no Brasil, deram uma entrevista à GloboNews nesta terça-feira (31) para falar sobre o que têm feito para tentar ajudar essas afegãs.
“Será difícil resgatar todas essas mulheres, já não são mais 270, algumas já morreram, lamentavelmente foram assassinadas”, disse Rocha.
VÍDEO: Talibã comemora com tiros saída de tropas americanas do Afeganistão
Os Estados Unidos terminaram a retirada de suas tropas do Afeganistão na segunda-feira. O presidente Joe Biden não quis estender a retirada das tropas para além do prazo estabelecido, de 31 de agosto, e afirmou que a comunidade internacional espera que o Talibã cumpra com o compromisso de permitir a saída daqueles que queiram deixar o país.
“Houve um acordo entre o Talibã e os EUA para estender mais 15 dias o resgate daquelas pessoas que têm concessão de visto”, afirma a juíza Rocha.
Como as juízas afegãs precisarão de vistos para sair do país, as brasileiras tentam acelerar o processo de concessão de visto tanto para as juízas afegãs como suas famílias.
O plano das juízas brasileiras é pedir ajuda ao Ministério da Defesa para que aviões militares ajudem no resgate das afegãs que consigam esses vistos brasileiros.
A juíza Rocha afirmou que as negociações com outras autoridades do Brasil estão promissoras. “Eu tive uma notícia de que até quinta-feira será editada uma portaria conjunta entre os ministérios das Relações Exteriores e Justiça para providenciar aquilo que estamos solicitando: asilo e a concessão de passaportes diplomáticos para as famílias das refugiadas”, disse ela.
As juízas brasileiras também tentam encontrar o general Braga Netto, ministro da Defesa, para “solicitar o deslocamento de aeronaves brasileiras para resgatar essas mulheres”.
Segundo a juíza Rocha, diversas associações e ordens de classe têm atuado na operação: “Todos nos unimos para conseguir não apenas esses passaportes humanitários e asilos, mas também acolhimento, é preciso recebermos essas mulheres e seja disponibilizado moradia, alojamentos, abrigos, tradutores e seja dada a elas condições para que elas possam sobreviver dignamente dentro do território nacional”, afirmou ela.
As brasileiras não estão conversando diretamente com as afegãs. Juízas do Paquistão e da Turquia estão dando informações sobre as afegãs. No entanto, sabe-se pouco sobre o que tem acontecido, segundo Rocha, pois muitas informações não estão sendo disponibilizadas por uma questão de segurança.
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A seção do Brasil da Associação Internacional de Juízas está se movimentando para tentar ajudar cerca de 270 magistradas que atuavam no Afeganistão e que, agora, são perseguidas no país.
Maria Elizabeth Rocha, juíza do ministra do Superior Tribunal Militar, e Amini Haddad, da Associação Internacional de Juízas no Brasil, deram uma entrevista à GloboNews nesta terça-feira (31) para falar sobre o que têm feito para tentar ajudar essas afegãs.
“Será difícil resgatar todas essas mulheres, já não são mais 270, algumas já morreram, lamentavelmente foram assassinadas”, disse Rocha.
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Os Estados Unidos terminaram a retirada de suas tropas do Afeganistão na segunda-feira. O presidente Joe Biden não quis estender a retirada das tropas para além do prazo estabelecido, de 31 de agosto, e afirmou que a comunidade internacional espera que o Talibã cumpra com o compromisso de permitir a saída daqueles que queiram deixar o país.
“Houve um acordo entre o Talibã e os EUA para estender mais 15 dias o resgate daquelas pessoas que têm concessão de visto”, afirma a juíza Rocha.
Como as juízas afegãs precisarão de vistos para sair do país, as brasileiras tentam acelerar o processo de concessão de visto tanto para as juízas afegãs como suas famílias.
O plano das juízas brasileiras é pedir ajuda ao Ministério da Defesa para que aviões militares ajudem no resgate das afegãs que consigam esses vistos brasileiros.
A juíza Rocha afirmou que as negociações com outras autoridades do Brasil estão promissoras. “Eu tive uma notícia de que até quinta-feira será editada uma portaria conjunta entre os ministérios das Relações Exteriores e Justiça para providenciar aquilo que estamos solicitando: asilo e a concessão de passaportes diplomáticos para as famílias das refugiadas”, disse ela.
As juízas brasileiras também tentam encontrar o general Braga Netto, ministro da Defesa, para “solicitar o deslocamento de aeronaves brasileiras para resgatar essas mulheres”.
Segundo a juíza Rocha, diversas associações e ordens de classe têm atuado na operação: “Todos nos unimos para conseguir não apenas esses passaportes humanitários e asilos, mas também acolhimento, é preciso recebermos essas mulheres e seja disponibilizado moradia, alojamentos, abrigos, tradutores e seja dada a elas condições para que elas possam sobreviver dignamente dentro do território nacional”, afirmou ela.
As brasileiras não estão conversando diretamente com as afegãs. Juízas do Paquistão e da Turquia estão dando informações sobre as afegãs. No entanto, sabe-se pouco sobre o que tem acontecido, segundo Rocha, pois muitas informações não estão sendo disponibilizadas por uma questão de segurança.
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Fonte: G1 Mundo