Família busca ajuda para cuidar de jovem que ficou paraplégico ao ser atropelado enquanto procurava emprego

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Acidente aconteceu há cinco anos e hoje Richard Ribeiro vive acamado. Corpo dele está atrofiando a cada dia e família tenta um tratamento que custa R$ 6 mil por mês. Família precisa de ajuda com o tratamento de jovem que sofreu acidente
Um jovem de Gurupi sofreu uma trágica mudança de vida ao ser atropelado quando ia entregar o currículo para tentar a primeira vaga no mercado de trabalho. O acidente foi há cinco anos e agora Richard Ribeiro vive acamado após ficar paraplégico. A família busca ajuda para manter o tratamento e os cuidados básicos.
A mãe dele, Cláudia Ribeiro Santana, conta que a luta é para que o filho possa ter o mínimo de qualidade de vida. O jovem precisa de um tratamento com a toxina botulínica, para tentar destravar o movimento dos membros, mas a substância teria sido negada pelo SUS.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) afirmou que faz o acompanhamento do jovem e negou que tenha recebido solicitação de toxina botulínica. (Veja nota completa abaixo)
O paciente precisa de ventilação especial para evitar feridas na pele. A alimentação é por sonda com uma fórmula especial e o jovem ainda precisa de três medicações de uso contínuo, uma delas para evitar crises convulsivas.
“Ele recebe o BPC Loas [Benefício de Prestação Continuada] de um salário mínimo, mas moro de aluguel, tenho que pagar energia, água, alimentação para mim, tenho que comprar os remédios dele que custam R$ 700 por mês. Não posso trabalhar porque ele depende de mim 24 horas”, conta a mãe.
Na época do acidente o Richard tinha 18 anos, tinha acabado de concluir o ensino médio. Com currículo na mão, ele saiu de casa de bicicleta para se candidatar a uma vaga de emprego, mas no caminho foi atropelado por um carro.
Jovem sofreu acidente e ficou paraplégico em Gurupi
TV Anhanguera/Reprodução
Richard também teve traumatismo craniano que resultou em uma grave paralisia cerebral. A cada dia que passa pernas e braços vão ficando mais atrofiados. A dificuldade de movimento compromete a higiene do corpo, que é feita pela mãe. Ela diz que já tentou sessões de fisioterapia pela rede pública, mas não conseguiu.
Uma alternativa de tratamento seria com a aplicação de injeções de toxina botulínica mensais. A mãe conta que teve o pedido negado pela Secretaria Estadual da Saúde e na rede particular a medicação custaria R$ 6 mil por mês. “A atrofia dele está em grau 4, que é muito severa. Está prejudicando a circulação sanguínea dele, os pés estão inchando, e isso pode acarretar um problema cardíaco”, disse.
O que diz a Secretaria de Estado da Saúde
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informa que o paciente Richard Ribeiro dos Santos realiza acompanhamentos mensais no Hospital Regional de Gurupi (HRG), para troca de sonda, reavaliação de medicamentos e cuidados paliativos.
A SES-TO esclarece ainda, que o paciente deveria ter um acompanhamento pela Atenção Primária do município de residência, a equipe da Unidade Básica de Saúde de referência deve acompanhar o tratamento do paciente.
A SES-TO não encontrou registro de solicitação de toxina botulínica nos prontuários do paciente e o paciente também não tem registro de atendimento na Assistência Farmacêutica Estadual e orienta a buscar informações junto a equipe municipal.
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Fonte: G1 Tocantins