História de terror e aventura tem crítica social. Parte da trama acontece na Ilha do Bananal, na região sul do estado. Tocantinense lança última HQ da trilogia Mugambi em live para alunos de escolas públicas
Um super-herói tocantinense que veio do futuro para salvar a humanidade. Esse é parte do enredo de uma história em quadrinho feita por um morador de Palmas. O protagonista é Mugambi, um homem negro que vive no Tocantins.
O criador da HQ, o quadrinista Geuvar Oliveira conta que a trama do último livro que fecha a trilogia traz terror e aventura com muita crítica social. “Mugambi veio do futuro para evitar que um vírus mortal dizimasse a humanidade. Tem a ver com a questão de cor de pele, com um monstro horroroso que é encontrado na Ilha do Bananal”, disse.
O artista conta fez questão de dar visibilidade a um super-herói negro. (Veja o vídeo)
“A gente desenvolve essa história pensando nessa expectativa, que é levar um posicionamento, uma ideia, uma discussão para a sociedade. No meu caso, que sou negro, sempre tento tratar destas questões raciais”, disse Geuvar.
Mugambi significa rei em suali, dialeto africano. Além de entreter e fazer críticas sociais, a ideia da trilogia também é incentivar a novas gerações a se interessarem pelo mundo mágico das Histórias em Quadrinhos. Por isso a live de lançamento vai ser pra alunos de escolas públicas do estado.
História em quadrinho foi feita por tocantinense
Reprodução/TV Anhanguera
Geuvar desenha desde os 12 anos e aos 13 começou a fazer quadrinhos. O artista conta que criar Mugambi foi possível graças a Lei Aldir Blanc, do Governo Federal para apoio à cultura de artistas impactados pela pandemia. Apesar da trilogia estar chegando ao fim, Geuvar adianta que ainda tem muita história pra contar.
“Já tenho uns três engatilhados. Tem a Liga do Cerrado, que a gente está pensando na animação”, disse Geuvar.
Artista tocantinense desenha desde os 12 anos
Reprodução/TV Anhanguera
Para continuar incentivando essas gerações a Fundação Cultural de Palmas (FCP) tá com uma turma de desenho. “É um curso que se destina a todo o público maior de 10 anos que sejam iniciantes, que tenham interesse ou quem já tem experiência. Ele [curso]tem uma abordagem que visa desenvolver e estimular a criatividade dos alunos”, explicou o professor de artes visuais Cláudio Montanari,
Davi Oliveira é um desses alunos. Ele já desenha por conta própria, mas está ansioso para aprimorar ainda mais o talento que tem. “Faço muitos desenhos digitais e com lápis, no papel. Espero aprender muitas técnicas para melhorar os desenhos que já faço”, disse.
Apaixonada por desenhos e quadrinhos, a jornalista Letícia Lucena viu o hobby se tornar trabalho. “Virou meu hobby, mas também me trouxe algumas oportunidades para ter retorno financeiro. Eu ilustrei dois livros nesse meio período de quarentena e também tive vários outros freelancers, todos envolvendo ilustração”, disse Letícia.
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Fonte: G1 Tocantins