Ampliação de ações de saúde e maior apoio às ONGs que cuidam de animais são sugeridos em audiência pública

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Encontro aconteceu na tarde desta quarta-feira (26) e o Ministério Público ouviu representantes da sociedade civil e poder público. Audiência pública faz parte de inquérito instaurado pelo MP para apurar a situação de abandono animal
Marcelo de Deus/MPTO
Apoio do poder público para ONGs, ampliação de castrações gratuitas e até um veículo especial para o serviço estão entre as sugestões para resolver o problema do abandono de animais em Palmas. O assunto foi debatido em uma audiência pública com diversos agentes da sociedade, realizada nesta quarta-feira (26) no Ministério Público Estadual (MPE), em Palmas.
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O encontro está dentro de um Inquérito Civil Público (ICP), acompanhado pelo promotor Konrad Cesar Resende Wimmer, que investiga como está a situação das políticas de bem-estar animal na capital. Estiveram na audiência representantes de órgãos de saúde e meio ambiente de Palmas, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-TO), protetores que trabalham de forma independente e especialistas de outras entidades.
A situação do abandono nas ruas de Palmas tem gerado muita dificuldade e dívidas para quem tenta salvar esses animais. Kesia Abreu dos Santos Porto, da ONG Adota Palmas, informou que deve para clínicas veterinárias cerca de R$ 23 mil e não consegue nenhum apoio do poder público.
Pelas dificuldades nesse sentido, a presidente do Instituto de Proteção aos Animais de Rua Inez Eleine Rocha Rocha, sugeriu que o município implantasse uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para animais que funcionasse 24 horas.
“Precisamos tirar dos nossos bolsos para arcar com as despesas. A Upavet poderia oferecer serviços de baixa e média complexidade em prol dos animais resgatados. É uma demanda urgente”, afirmou Inez durante a audiência.
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Ampliação de castrações
O controle de natalidade de animais é uma saúde que pode reduzir os casos de abandono e, consequentemente, maus-tratos. Atualmente as vagas para castração no Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ) são limitadas e durante a audiência, Auriman Cavalcante Rodrigues, coordenador geral do setor, afirmou que o município pretende ampliar a quantidade de castrações através de parcerias com clínicas particulares.
Outra alternativa, sugerida por Áurea Welter, presidente da Comissão de Saúde e Bem-Estar Animal da UFT, é a aquisição de um ‘castramóvel’, veículo que poderia atender a população de bairros mais distantes.
A presidente da Fundação Municipal de Meio Ambiente, Meire Carreira, disse no encontro que a prefeitura trabalha na criação de uma comissão de governança para tratar do assunto com gestores de diversos setores.
“Vamos construir uma agenda de governança propositiva para institucionalizar essas políticas, bem como fóruns permanentes para que possamos ouvir, debater e deliberar sobre esses problemas”, disse a gestora.
Com as demandas sobre o abandono e maus-tratos contra animal expostas pelos participantes, o promotor citou que são informações novas e que a participação popular fundamental e importante para o Ministério Público.
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Fonte: G1 Tocantins