Operações da Polícia Federal apontaram que crimes eram praticados por suspeitos na região do Bico do Papagaio e em outros estados. Denúncia é da 1ª Promotoria de Justiça de Augustinópolis
Marcelo de Deus/MPE Divulgação
Onze pessoas suspeitas de fazerem parte de uma organização criminosa que aplicava golpes pela internet foram denunciadas à Justiça pelo Ministério Público Estadual (MPE). Os crimes era aplicados da região do Bico do Papagaio e os suspeitos, foram localizados também em outros estados, clonavam sites de lojas famosas e criavam anúncios falsos para atrair vítimas.
Os suspeitos foram descobertos através das operações “Cracker”, “Backdoor” e “Dr. Cross”, da Polícia Federal, deflagradas para coibir crimes cibernéticos na região norte do estado.
Na operação Cracker, que ocorreu no dia 31 de maio de 2017, os federais cumpriram 12 mandados de busca e apreensão, seis de condução coerticitiva e três de prisões preventivas no Tocantins e no Maranhão. A investigação apontou que um grupo clonavam páginas de lojas na internet para fraudar dados bancários das vítimas e fazer compras.
Em abril de 2018 foram deflagradas as outras duas operações, em continuação à Cracker. Na Blackdoor, os policiais cumpriram 24 mandados, sendo oito de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão. Na Dr. Cross, 13 pessoas foram presas na região do Bico do Papagaio.
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Os criminosos criavam páginas falsas na internet, copiando sites de grandes empresas, mas apresentavam produtos com preços bem abaixo do mercado. Quando a vítima comprava o produto, o boleto era direcionado para pagamento de compra em outros sites e o produto era enviado para os integrantes da organização.
Para ‘chamar’ as vítimas, os envolvidos divulgavam anúncios através de aplicativos de mensagem como WhatsApp, Telegram e Skype. Eles também impulsionavam as ofertas falsas através do Facebook.
Estima-se que o prejuízo causado pelo grupo contra as vítimas é de cerca de R$ 10 milhões.
A denúncia é da 1ª Promotoria de Justiça de Augustinópolis. De acordo com o MPE, os 11 investigados poderão responder pelos crimes relacionados a associação criminosa e invasão de dispositivo informativo majorado.
Dicas para não cair em golpes virtuais
Ofertas tentadoras, com preços de produtos bem abaixo do mercado são a isca perfeita para conseguir vítimas. Segundo as autoridades, esse tipo de ação induz o comprador a clicar em links falsos. Para evitar cair nesse tipo de fraude, é preciso desconfiar de sites duvidosos.
A Polícia Civil orienta que o consumidor não acesse links estranhos ou arquivo em anexo em e-mail, pois esse é o caminho para que os criminosos acessem os dados das vítimas, principalmente através do celular.
Desconfiar de ofertas vantajosas também é importante, pois na maior parte dos casos se trata de golpe. Em caso de receber alguma mensagem suspeita, a população deve acionar as autoridades e registrar boletim de ocorrência, segundo a Polícia Civil.
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Fonte: G1 Tocantins